Actualmente encontro-me a trabalhar na Unidade de Investigação do Cérebro, no Laboratório de Baixas Temperaturas da Universidade Técnica de Helsínquia. No
nosso laboratório fazemos a caracterização functional do cérebro humano através
de uma técnica inovadora designada Magnetoencefalografia (MEG).
MEG
permite-nos medir campos magnéticos extrememente fracos gerados por currentes
eléctricas produzidas no cérebo. De modo a medir campos magnéticos tão fracos,
são necessários dispositivos extremamente sensíveis. O SQUID (Dispositivo
Superconductor de Interferência Quântica) é presentemente o único capaz de
medir campos tão fracos. Como se trata de um dispositivo supercondutor, tem de
estar imerso em hélio líquido à temperatura de 4° Kelvin (-269° C).
O nosso sistema Neuromag VectorviewTM, na figura, contém 306 SQUIDs distribuidos num capacete
que permite a medição do campo magnético em todo o escalpe. Com MEG é possivel
obter uma resolução temporal excelente, na ordem do milisegundo, e uma boa
resolução especial.
A
minha tese
de doutoramento basea-se na caracterização do córtex somatosensorial
secundário SII através do uso de magnetoencefalografia. Presentemente, como
post-doc no laboratório, continuo a investigar o o córtex somatosensorial
secundário, e a familiarizar-me com ressonância magnética functional (fMRI).